Resenha: "Seven Deadly" – UFO


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A veterana banda britânica UFO lança um novo trabalho de estúdio, depois de passar pelo Brasil em maio de 2010, durante a turnê de “The Visitor” (2009). Ainda sem Pete Way (aqui substituído pelos baixistas convidados Rob DeLuca, Lars Lehmann e Barry Sparks, que já tocou em vários discos de Michael Schenker), mas com os integrantes originais Phil Mogg, Paul Raymond e Andy Parker, e novamente com Vinnie Moore, “Seven Deadly” traz o som clássico do UFO.
Realmente, o UFO ainda soa como UFO e por dois motivos: pelas composições, todas assinadas por Mogg, em parceria com Paul Raymond ou com Vinnie Moore, e pela  habilidade deste último.
No aspecto composição, encontramos várias músicas com a cara do UFO. “Waving Goodbye”, que fecha o disco, é aquela típica canção “na boa” da banda, que exala frescor como nos seus lançamentos dos anos 70, e no mesmo estilo estão também “Steal Yourself” e “Burn Your House Down”. Os rocks empolgantes com riffs espertos e ritmo de bateria simples e eficiente (sim, Andy Parker sempre tocou como Phil Rudd, do AC/DC) estão presentes com “Fright Night”, “Mojo Town” e “The Last Stone Rider”. A influência do rhytm & blues se destaca na  bluesy “The Fear”, no rock rápido com pegada blues “Wonderland” e ainda na malandra “Year of the Gun”. Além disso, como antigamente, o UFO abre espaço para músicas mais longas e trabalhadas em “Angel Station”.
Quanto a Vinne Moore, ele se mostra a escolha acertada para ocupar o lugar do insubstituível Michael Schenker, pois é um virtuoso que prioriza a melodia nos seus solos, como fazia o alemão. O seu solo em “Wonderland” não deixa dúvidas quanto a isso, alinhando melodia e incrivel inventividade – o trecho com as cordas abafadas, as notas rápidas, os “gritinhos” e o final da faixa são característicos de Michael Schenker. Ao longo do cd, são vários os exemplos de que o UFO mantém essa particularidade tradicional de contar com solos incríveis em suas canções.
E não há como deixar de mencionar a excelente performance de Phil Mogg como vocalista. Do tipo que não precisa gritar nem forçar o gogó para arrasar, Mogg põe a interpretação acima de tudo, Ouça “Angel Station” e “Waving Goodbye” e sinta a emoção que o cantor coloca no seu trabalho.
Tendo a consciência de que o UFO provavelmente nunca nos brindará novamente com uma música tão marcante como “Doctor Doctor”, podemos considerar que Seven Deadly” está acima das expectativas.
Por Eduardo Kaneco

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