Resenha: "Few Against Many" – Firewind


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Aqueles que conhecem o trabalho do guitarrista Gus G somente pelo último disco de Ozzy Osbourne, “Scream”, se surpreenderão ao ouvir este sétimo lançamento em estúdio do Firewind, banda que ele lidera, podendo mostrar com total liberdade suas notáveis habilidades.
 
Composto por Bob Katsionis (teclado e guitarra), Apollo Papathanasio (vocal), Gus G. (guitarra), Petros Christo (baixo) e Johan Nunez (bateria), o Firewind apresenta em “Few Against Many” sua obra mais pesada e, ainda assim, mais variada.
O cd abre com a magnífica “Wall of Sound”, que faz jus ao seu título. De cara, Gus G detona um dedilhado rápido e agressivo em cima de espasmos em forma de riff, que não quebram o forte ritmo devido ao grande trabalho da cozinha baixo/bateria. Na ponte antes do refrão há uma cama de teclado que remete aos primeiros lançamentos de Yngwie Malmsteen. O solo é de cair o queixo, com muitas variações e unindo rapidez e melodia, como fazia o saudoso Randy Rhoads.
A mudança de estilo é evidente quando começa a segunda faixa, “Losing My Mind”, com começo à “Hells Bells” (AC/DC), e guitarras mais sujas e vocais roucos e melancólicos no refrão, lembrando o som que Gus G gravou com Ozzy. No solo, há um belo duelo e dobradinha entre guitarra e teclado.
A faixa título surpreende por ser bem pesada e ter um refrão bem melodioso. Aqui novamente se usa o recurso da cama de teclado à Malmsteen. No meio da canção surge uma parte mais lenta, momento para um belíssimo solo de guitarra. Similar a essa parte lenta é o início de “The Undying Fire”, que depois caminha para um riff tipicamente hard rock, estilo Dokken, e um refrão totalmente mergulhado em melodia. Mas, ainda cabe outra variação mais pesada na faixa, com vocal rasgado. O solo é curto e veloz e a composição fecha com um final falso.
“Another Dimension” soa pesada no início, entra no clima Malmsteen também, e ainda vai para um refrão bem pop rock, trazendo solos de guitarra e teclados. O riff gritado de Zakk Wylde abre “Glorious”, cujas estrofes e refrão também puxam para o pop rock e hard. Essa puxada para o hard fica evidente em “Destiny”, misturada com pegada power metal, fazendo desta faixa a mais para cima do álbum. Voltando ao estilo Zakk Wylde, “Long Gone Tomorro” também a utiliza, em uma canção mais cadenciada, mas sem a sonoridade grave do Black Label Society. “Battleborn”, sim, tem essa sonoridade.
Salvo uma parte com riff mais pesado, “No Heroes, No Sinners” é a faixa mais acessível ao público não especializado, principalmente por seu refrão e suas estrofes. A versão acústica desta música, que vem como faixa bônus, então, é mais acessível ainda, lembrando bastante Angra.
O Apocalyptica foi convidado para colocar seus sons melancólicos de violoncelo na extremamente triste “Edge of a Dream”, que é levada no piano e que dá oportunidade de explorar o lado interpretativo do vocalista Apollo Papathanasio, que nas outras faixas emprega seu vozeirão com bastante pegada. A guitarra de Gus G, na parte final, praticamente faz dueto com Apollo.
Por Eduardo Kaneco06

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