Resenha de show: Quiet Riot no Carioca Club – 27/11/2016


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O Quiet Riot desembarcou no Brasil para somente um show, que aconteceu no último sábado, no Carioca Club, em São Paulo. Da formação clássica, somente o baterista Frankie Banali permanece, mas os membros de outras formações Chuck Wright (baixo) e Alex Grossi (guitarra) também vieram.
Como a casa de shows possui programação fixa para o público de samba e pagode, o show do Quiet Riot começou bem cedo, após o Highlander CR, a banda de abertura. O clima era de saudosismo, e o set list reforçava esse sentimento, com onze das dezesseis músicas provenientes dos excelentes álbuns “Metal Health” (1983) e “Condition Critical” (1984) e do bom “QR III” (1986).
Duas das faixas com mais pegadas dessa época abriram a apresentação. “Run for Cover” e “Slick Black Cadillac” esquentaram o reduzido público, que ocupava não mais que 40% da capacidade da casa. E, para for fogo nesses presentes, o primeiro grande hit, o cover de “Mama Weer All Crazee Now”, do Slade.
Como os instrumentistas tocam juntos há muito tempo, o entrosamento era perfeito. Alex Grossi procura reproduzir o estilo de Carlos Cavazo e do genial Randy Rhoads, inclusive empunhando uma guitarra com estampa de bolinhas. E não há dúvidas que é um guitarrista muito competente, assim como seu companheiro das quatro cordas Chuck Wright, que só não tem o carisma de seu predecessor Rudy Sarzo. Mas quem surpreende mesmo é Frankie Banali, que evoluiu muito desde os primórdios do Quiet Riot, e se tornou um grande seguidor de John Bonham. Todos tiveram rápidos momentos solo.
O mais novato da turma é o vocalista Seann Nicols, recém incorporado. Ele correu muito pelo pequeno palco, e parecia uma versão gringa do Catalau (ex-Golpe de Estado). Apesar de não ter o timbre de Kevin DuBrow, ele possui uma voz forte e deu conta do recado.
Os dois maiores sucessos dos californianos fecharam a noite. “Cum on Feel the Noize”, também do Slade, a mais comemorada do show, e “Metal Health”, um hino dos anos 1980. Como bônus, o encerramento definitivo contou com a cover de “Highway to Hell”, do AC/DC. As cortinas anunciaram o final de um show desenhado para agradar quem viveu a época da explosão do ressurgimento do rock, impulsionado pela NWOBHM. Pena que foram poucas as testemunhas dessa celebração na capital paulista.

Fotos e texto: Eduardo Kaneco

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