Devachan mostra seu heavy metal em português no seu disco de estreia


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Mesmo quarenta anos depois, os mais velhos ainda conseguem cantar as letras das músicas da coletância “SP Metal”, como “Missão Metálica” (Avenger), “Duas Rodas” (Centúrias), “Matthew Hopkins” (Vírus) e “Cabeça Metal” (Salário Mínimo). Essa facilidade em guardar as letras é uma das qualidades resgatadas pela opção da banda brasileira Devachan em gravar seu álbum de estreia, “Regeneração”, inteiramente em português.

O sentimento de nostalgia surge daquela referência desse trabalho pioneiro do heavy metal nacional, mas também porque as composições desse trabalho foram escritas há trinta anos pelo baixista do Devachan, Daniel Dias, que se reuniu em 2010 com seus dois filhos, Gabriel Dias (vocalista) e Leandro Dias (guitarrista), para formar a banda, que conta também com o tecladista Michael Veríssimo na formação.

“Tocar heavy metal com meus filhos é algo muito especial em minha vida”, diz o baixista Daniel Dias, hoje com 61 anos de idade. “Sempre gostei muito de escrever como forma de expressar o que sentia, mas nunca esperei que um dia elas seriam transformadas em músicas. Decidimos mantê-las em português para que qualquer pessoa possa entendê-las e sentir seu significado.”

O som que ouvimos em “Regeneração”, claro, acompanhou a evolução dos recursos em estídio. Gravado, mixado e masterizado na Music House por Felipe Colenci e Rodrigo Ricardo, o resultado é um heavy metal encorpado, devido ao grande destaque para os teclados e para o baixo, que criam uma base rica para os vários solos de guitarra e, até, duelos entre Leandro Dias e Michael Veríssimo.

E essa preocupação com qualidade é necessária, porque o Devachan busca um som rebuscado, com muitas passagens instrumentais, colocando um pouco de influência de metal progressivo, como na faixa que leva o nome da banda, lembrando até composições mais agressivas do Dream Theater.

A faixa-título resgata a possibilidade de cantarmos heavy metal em português, com a ferocidade típica desse gênero musical. O metal bem trabalhado predomina do álbum, mas há dois momentos de calmaria. A balada “Loucura, Guerras e Poesias” se apoia nos teclados para o vocalista Gabriel Dias passar sua mensagem pacifista, num tema que permitiria também uma versão acústica. “Caminho do Medo” já é uma balada com notas sombrias, remetendo ao trabalho de Alice Cooper.

Destacam-se também as instrumentais que abrem e fecham o trabalho com um clima cinematográfico digno de filme de Tim Burton e que soam justificáveis, e não forçadas ou à toa, porque embalam um álbum com composições que conversam entre si. E em português!

“Regeneração” foi financiado pela Lei de Incentivo à Cultura (LINC) de Boituva/SP e inclui dez faixas inéditas: “Domain Principia Inferiorum”, “Regeneração”, “Jogo da Vida”, “Um Sonho?”, “Loucuras, Guerras e Poesias”, “Devachan”, “Olho Por Olho…”, “Caminho do Medo”, “Eis A Questão” e “Punctus Contra Punctum”.

Onde ouvir:

CD à venda na Die Hard Records: http://twixar.me/x4nK

Spotify: https://spoti.fi/2ThFXN1

Deezer: https://bit.ly/2ThL4gu

iTunes: http://twixar.me/LvnK

Google Play: http://twixar.me/2hnK

Amazon: http://twixar.me/rhnK

Youtube: http://twixar.me/1vnK

Por Eduardo Kaneco

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