Uma visão de 'Sgt. Pepper' por quem o realizou


Comandar craques pode ser o sonho de qualquer um em qualquer área, mas certamente as pessoas não fazem ideia de como é desafiador, mas também difícil e exaustivo – principalmente se um desses craques exige um coral de mil monges tibetanos para gravar uma música.
O cinquentenário de “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, o maior disco da história do rock e do pop, trouxe uma série de presentes para s fãs de música, como edições especiais do álbum e muitas outras quinquilharias.
Para os brasileiros, provavelmente, o melhor bônus desse cinquentenário veio coma  reedição de um livro bem bacana e que desvenda alguns mitos a respeito da principal obra dos Beatles.
“Paz, Amor e Sgt. Pepper” (Sonora Editora) foi escrito pelo produtor George Martin em 1993 com base em um especial de TV sobre o disco realizado um ano antes nos Estados Unidos.
Com a preciosa ajuda do jornalista e historiador William Pearson, Martin conta alguns bastidores saborosos da gravação daquele álbum e de seu relacionamento com os quatro Beatles, nem sempre tão cordial a pacato como muito supõem que tenha sido.
A edição brasileira chegou em 1995 graças aos esforços de outro jornalista e historiador, Marcelo Fróes, que fez a ótima tradução e foi atrás de uma editora, aproveitando que tinha ficado amigo de Martin, que viera ao Rio de Janeiro para um evento cultural.
A edição 2017 do livro é bem simples e direta, sem nenhum acréscimo ou posfácio. Nem precisava de nada disso. O texto de Martin e Pearson é enxuto, direto, mas crivado de expressões engraçadas e de um humor peculiar do produtor inglês.
São lembranças, reminiscências e comentários espirituosos sobre como foi gratificante – e difícil – trabalhar por cinco meses em uma obra onde seus autores, gênios musicais, estavam completamente livres e ociosos depois de se livrarem das turnês e dos palcos. Leitura mais do que recomendada!

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