Thin Lizzy ressurge em relançamento de disco ao vivo com 8 CDs

O Thin Lizzy já foi considerada a melhor banda do mundo por conta de um disco ao vivo. “Live and Dangerous”, lançado em 1978, era a quintessência de grande show de rock: pesado, intenso e vigoroso, rivalizando com “Live at Leeds”, de The Who, e “Made in Japan”, do Deep Purple, como o melhor registro ao vivo de rock de todos os tempos.

Para comemorar os 45 anos de “Live and Dangerous”, está saindo uma versão atualizada e remixada do álbum – do álbum não: dos álbuns. Além da versão original, a caixa em questão traz todos os seis shows que serviram de base para a edição final de 1978 – seis shoes registrados em 1977 nas cidades de Londres e Toronto (Canadá), embalados em oito CDs.

Material de primeiríssima qualidade, torna-se essencial para os fãs da banda e para os “arqueólogos” do rock em busca de gravações icônicas. Os oito CDs registram o Thin Lizzy em sua melhor forma, tocando como nunca antes e com uma vontade impressionante.

As tensões internas do então quarteto serviram de combustível antes que tudo implodisse e a energia que sai do palco e dos alto-falantes é contagiante em clássicos como “The Boys Are Back in Town”, “Suicide”, “Emerald”, “Don’ Believe a Word” e vários outros.

O Thn Lizzy pode ser considerada a banda de rock mais injustiçada dependendo do ponto de vista. Teve sucesso, mas estava destinada a ser gigante como o Queen, mas o megassucesso não veio, e o desapontamento de Lynott foi canalizado para as drogas e bebida.

O dinheiro não entrou como deveria, o que tinha sido guardado foi embora e, com isso, o casamento naufragou, afastando-o das duas filhas pequenas. Morando de favor às vezes, decidiu acabar com  banda em 1983 em um show lendário que reuniu todos os ex-integrantes em Londres.

Tentou nova empreitada com a banda Grand Slam e uma rápida carreira solo, mas nada evoluiu. De repente, Phil Lynott era um dinossauro a ser repelido e rejeitado, uma figura difícil que evocava um passado e a ser mantido lá, no passado.

Quando foi internado ás pressas na última semana de 1985, em Londres, esboçava a ressurreição do Thin Lizzy. Não deu tempo: os abusos de álcool e drogas obraram o preço ele morreu em 4 de janeiro de 1986. A grande caixa de oito CDs de “Live and Dangerous” é o melhor tributo que o mestre Lynott poderia receber na terceira década deste século.

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