Queen – Fase II (1975-1980): A conquista do mundo


Notice: Trying to get property 'post_excerpt' of non-object in /var/www/html/wp-content/themes/covernews/inc/hooks/blocks/block-post-header.php on line 43

Depois de três álbuns com muitas experimentações, o Queen encontraria em “A Night At The Opera” seu som ideal. O resgate de gêneros musicais antigos se torna habitual. Só neste álbum, são exemplos deste recurso “Lazing on a Sunday Afternoon”, “Seaside Rendezvous”, “Good Company” e, claro, “Bohemian Rhapsody”. A alternância entre músicas leves e pesadas também vira característica dos discos, e o lado A deste comprova essa tendência. As harmonizações vocais passam a ser trabalhadas com ousadia e os frutos de maior destaque aqui são “Bohemian Rhapsody” (novamente) e “The Prophet’s Song”. O álbum obteve um sucesso comercial estrondoso e resultou no primeiro disco de platina do Queen nos EUA.
Um ano depois, o Queen tenta repetir o sucesso com “A Day At The Races”, copiando o formato gráfico do álbum anterior e novamente utilizando o nome de um filme dos Irmãos Marx no título. Musicalmente, a banda passeia por valsas (“The Millionaire Waltz”), música indígena (“White Man”) e japonesa (“Teo Torriatte”) e também começa com uma canção pesada (“Tie Your Mother Down”). A maior aposta comercial, “Somebody To Love”, apesar de belíssima, não consegue sozinha impulsionar as vendas para perto dos números atingidos por “A Night At The Opera”.
O Queen muda sua estratégia para o álbum seguinte. Com pegada moderna, e muito criativa, “News Of The World” reúne cinco faixas matadoras em sequência no seu lado A. A dobradinha “We Will Rock You”/”We Are The Champions” se transformaria em duas das músicas mais tocadas da história da banda britânica. Na época do LP, o lado B acabava sendo negligenciado, e trazia as releituras típicas do Queen de outros gêneros, aqui o funk, o blues e a música espanhola. O Queen volta ao topo da lista de mais vendidos.
“Jazz”, o disco de 1978, também flerta com outros estilos musicais, como funk (novamente) e o rock dos anos 50, porém, não o jazz do título. Outra interessante adaptação, da música árabe, aparece em “Mustapha”, que merecia mais sucesso do que teve. Êxito comercial obtiveram as faixas “Don’t Stop Me Now”, “Bicycle Race” e “Fat Bottomed Girls”.
Em “The Game”, o Queen repete o recurso de concentrar as melhores faixas no lado A, onde todas as cinco músicas são excelentes, e viraram hits “Another One Bites The Dust” (outro funk) e “Crazy Little Thing Called Love” (um rockabilly). Em termos musicais, “Play The Game” e “Dragon Attack” merecem maior destaque. No segundo lado, chamava a atenção “Save Me”, mas outra pérola se encontrava ali para ser descoberta: “Rock It (Prime Jive)”.
A década de 1970 se encerraria para o Queen com a prova da magnitude atingida pela banda, que a fez ser convidada pelo produtor de cinema Dino de Laurentiis para compor a trilha sonora do longa-metragem “Flash Gordon”. Laurentiis acertou na escolha, porque a trilha é o que há de melhor nesse filme que virou kitsch, sendo até ironizado na comédia “Ted” (2012). Porém, a experiência valeria para abrir o caminho para a fase mais popular da banda, nos anos 1980.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *