Kiss lança edição de luxo do disco ‘Creatures of the Night’

O Kiss preparou um presente para os fãs para este final de ano. Para celebrar esse álbum importante da história do Kiss, a banda resolveu editar e lançar uma edição comemorativa de 40 anos com uma caixa saborosa com cinco CDs e um Blu-Ray, além de material de apoio com livreto e outros mimos.

O álbum original recebeu novo tratamento de masterização e mixagem, melhorando o que já era bom. Os CDs 2 e 3 estão coalhados de material demo e algumas raridades, como versões de músicas antigas, muitas incompletas, Os CDs 4 e 5 trazem shows ao vivo da turnê americana de 1982 e 1983, em gravações raras e com canções poucas vezes executadas ao vivo. Está disponível nas plataformas digitais e não há previsão de lançamento físico no Brasil.

Em relação ao álbum original, além do grande hit “I Love It Loud”, que virou sinônimo de heavy metal para o público brasileiro na época, “Creatures of the Night” tinha também o baladão “I Still Love You”, outro hit estouradaço por aqui, e a energética hard’n’heavy “War Machine”. A faixa- título também é muito boa.

O disco foi um alento para a banda, que vivia uma série de crises internas e externas por conta de fracassos comerciais recentes. Depois que houve o lançamento dos quatro discos solo dos integrantes em 1978, as coisas não andaram bem.

Os flertes com o pop e a disco music em “Dynasty”, de 1979, e “Unmasked”, de 1980, desagradaram os fãs mais fiéis e roqueiros. “Music From the Elder”, de 1981, uma ousada tentativa de fazer uma ópera-rock, afastou ainda mais o público antigo e não agregou novos fãs.

Em meio a tudo isso, a primeira baixa desde a fundação da banda como Kiss: o baterista Peter Criss foi demitido em 1980 – ele que tocou pouco nos álbuns anteriores. As justificativas variavam de acordo com as entrevistas – de abuso non álcool e drogas á incapacidade de evoluir e tocar coisas mais complicadas.

Neste turbilhão de problemas, Eric Carr, o novo baterista, fez o que pôde. Ele foi criticado em “Music from The Elder”, mas seguiu em frente e suportou a cachoeira de maus comentários.

Insatisfeito com o andamento das coisas e escanteado pelos líderes, os vocalistas e compositores Gene Simmons (também baicista) e Paul Stanley (também guitarrista), Ace Frehley, um ás da guitarra e influência de muita gente, pouco apareceu nas sessões de gravação e seria demitido antes do lançamento do álbum.

Mesmo aparecendo na capa do LP e creditado ainda como músico da banda, Frehley quase nada fez e foi substituído temporariamente por Vinnie Vincent, que seria efetivado ainda em 1983. 

As críticas foram positivas, principalmente porque a banda voltava ao rock pesado e se mostrava antenada com o que que se fazia na época no heavy metal. 

O álbum vendeu bem, mas não horrors, mas recolocou o Kiss nos trilhos. é importante também porque foi o último antes de os quatro integrantes abandonares as máscaras, maquiagens e fantasias. E os shows no Brasil foram os últimos em que as usaram ao vivo.

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