Yardbirds, um celeiro de craques – parte 2

Clapton chega e ‘apavora’
O cartaz cresceu tanto que a banda foi a escolhida para servir de suporte para a turnê britânica do famoso bluesman norte-americano Sonny Boy Williamson II. Em 8 de dezembro de 1963, o show realizado no Crawdaddy Club foi gravado em áudio, mas só lançado em LP no começo de 1965.
O primeiro álbum foi lançado em meados de 1964, estranhamente uma gravação ao vivo, “Five Live Yardbirds”, em show registrado na casa de shows Marquee, em Londres. A popularidade não parou de subir, assim como os convites para acompanhar astros do blues em turnê pela Europa, como o já citado Sonny Bou Williamson II.

Yardbirds em 1964, da esq. para a dir.: Relf, Clapton, McCarty, Dreja e Samwell-Smith (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Yardbirds em 1964, da esq. para a dir.: Relf, Clapton, McCarty, Dreja e Samwell-Smith (FOTO: DIVULGAÇÃO)

A crescente popularidade de Clapton começou a incomodar o restante da banda, ao mesmo tempo em que o guitarrista não via com bons olhos a aproximação de Gomelsky com produtores pop. Enquanto se esforçava para cumprir a pesada agenda de shows, arrumava tempo para ensaios com um amigo amante do blues, mas que era músico de estúdio, Jimmy Page.
O rompimento definitivo aconteceu em março de 1965, na gravação do single “For Your Love”, de Graham Gouldman, compositor pop. Clapton gravou, mas anunciou a sua saída porque estava irritado com os rumos comerciais da banda, afastando-se do blues.
Em choque, Gomelsky e Samwell-Smith foram atrás do melhor músico que conheciam na época, Jimmy Page. Este recusou porque era muito amigo de Clapton e ficou constrangido. Mas indicou um outro rapaz de quem ficara muito amigo e que merecia os seus maiores elogios: Jeff Beck, que tinha acabado de completar 20 anos e era fissurado por blues.