Resenha: "Sunset of the Golden Age" – Alestorm
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Este é o quarto álbum de estúdio do Alestorm. A banda escocesa pega emprestada a temática pirata do Running Wild, mas a emprega em um estilo de metal mais festivo e folk. Agora, em “Sunset On The Golden Age”, nota-se nessa fusão uma evolução em relação aos lançamentos anteriores.
O Alestorm não teme arriscar misturas de elementos em suas composições. Essa liberdade criativa faz surgir faixas como “Magnetic Forth”, que inicia como uma balada, segue como power metal, insere elementos folk, avança para o thrash metal, volta depois para a balada inicial… enfim, passeia pelas vertentes da música pesada, com resultado brilhante.
A faixa de abertura, “Walk The Plank” (tradução: ande na corda bamba) carrega muito peso, para empolgar o ouvinte de primeira. Com o caminho aberto, podem então apresentar um folk bem animado, “Drink”, que tem uma linha de guitarra que lembra Alice Cooper da época de “Poison” – até a voz grossa e narrativa de Christopher Bowes remete ao lendário Vincent Furnier.
As batalhas navais, comuns à vida dos corsários, facilmente inspiram composições épicas. O Alestorm traz aqui duas delas. “1741 (The Battle of Cartagena)”, com vocais guturais em alguns trechos contrastando com os teclados melodiosos, e “Sunset on the Golden Age”, a faixa título que tem muitas variações em seus onze minutos.
O clima folk e festivo vem não só dos instrumentos (violino, trompetes, keytar – aquele que parece um teclado com braço de guitarra e que aqui é muito usado para tirar um som de acordeão sintetizado), mas também dos vocais de apoio, que soam como um bando de homens (no caso, piratas) embriagados acompanhando as partes cantadas. Em “Quest For Ships” e em “Wooden Leg!”, esses backing soam até um pouco punk.
A canção bebedeira mais alegre do disco é sem dúvida “Hangover”, como o seu título poderia supor. Com várias passagens praticamente levadas só pelo som de acordeão ou de guitarra, essa anima qualquer festa.
No cd bônus da versão digipack estão versões acústicas de músicas de CDs anteriores do Alestorm. Nelas, o bom humor que a banda exala, e que foi comprovada em sua passagem pelo Brasil em 2013, aparece ainda mais em evidência, como se os piratas descessem de suas embarcações, montassem fogueiras na praia, enchessem a cara e pegassem seus instrumentos para festejar.
Então, somando tudo isso, “Sunset Of The Golden Age” é o melhor que o Alestorm lançou até agora. O que não é pouco, pois os trabalhos anteriores também eram acima da média.
Por Eduardo Kaneco