Resenha: "Return of the Ripper" (2014) – Grave Digger
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O Grave Digger lança uma média de um álbum a cada dois anos, e “Return of the Reaper” já é o décimo sétimo. A estreia foi no longínquo ano de 1984.
O personagem símbolo da banda, o Grim Reaper (“A Morte”), aparece não só na bela ilustração da capa (trabalho de Gyula Havancsák), mas também no título, sinalizando que o novo lançamento seguirá a tradição da banda alemã. É o que confirma a audição de suas músicas.
A faixa título é apenas uma introdução, com piano e efeitos sonoros que acompanham o desenho da capa. “Hell Funeral” é, de fato, a primeira paulada de Chris Boltendahl (vocal e único membro fundador), Axel Ritt (guitarra), Jens Becker (baixo), Stefan Arnold (bateria) e H.P. Katzenburg (teclado). Bumbo duplo veloz, refrão com coro, vocal principal rouco, solo de guitarra cortante – tudo que se espera do Grave Digger.
A influência de Judas Priest pode ser sentida em todo o disco, principalmente no grito de guitarra de “War God” e na (quase-“Turbo Lover”) “Tattoed Rider”, nos seus efeitos de sintetizadores, timbre de bateria e até no tema.
“Season of the Witch” tem uma levada mais sabbath, cadenciada e sombria, com riff marcante. Um pouco na mesma linha está “Dia de los Muertos”.
O baixo de Jens Becker se destaca na veloz e curta “Satan’s Host”, lembrando o Motorhead. H.P. Katzenburg tem seu lugar ao sol na introdução de “Death Smiles At All Of Us”, cujo refrão melodioso se destaca, além do solo de guitarra épico. O tecladista também colocou sua marca em “Nothing to Believe”, uma ópera rock no estilo Savatage que fecha o álbum.
“Road Rage Killer” é um acelerado power metal com uma interessante participação do guitarrista Axel Ritt. Aliás, o ex-Domain se destaca em todo álbum, provando ser um instrumentista com recursos variados e criatividade inquieta. Sua entrada no Grave Digger, no lugar de Manni Schmidt, foi uma escolha tremendamente acertada. Ouça como ele conseguiu encaixar um solo hard rock na heavy “Grave Desecrator”.
Todos esses ingredientes reunidos resultaram em um vigoroso trabalho do Grave Digger, que é melhor apreciado quando se presta atenção nos detalhes.
Por Eduardo Kaneco