Resenha: "Precious Metal" (2014) – House of Lords


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O House of Lords surgiu nos anos 80 como uma poderosa banda formada pelo tecladista Gregg Giuffria e o vocalista James Christian. Lançaram três discos de sucesso, o último em 1992 e daí pararam, voltando a gravar somente em 2004, já sem Giuffria. Desde então, lançam álbuns regularmente, com uma formação estável.
Além de James Christian, desde 2006 o House of Lords é formado por músicos que fizeram carreira em trabalhos solos de integrantes de bandas mais famosas. O baixista Chris McCarvill gravou álbuns de Michael Vescera e Eddie Ojeda. B.J. Zampa foi baterista no disco de Wayne do Metal Church. Os teclados de Jeff Kent foram antes ouvidos no projeto Kimbal/Jamisson (dos membros do Toto e do Survivor).
Mas um dos destaques deste novo lançamento do House of Lords é o guitarrista Jimi Bell, que também já gravou com Vescera, e que ganhou certa notoriedade por ter sido finalista na escolha de Ozzy por um novo guitarrista (quem ficou com o posto foi Zakk Wylde). Neste “Precious Metal”, vale a pena esperar pelo solo de cada faixa, pois todos são pérolas típicas dos 80, unindo velocidade e técnica.
O House of Lords mostra aqui facetas distintas ao longo de doze composições. Quase que esquizofrenicamente, às vezes nem parecem ser a mesma banda.
O hard rock com tempero pop, que lembra o Rainbow na fase Joe Lynn Turner, está presente nas faixas “Swimmin’ With The Sharks”, “Permission To Die”, “I’m Breakin’ Free” e “Epic”. Essas gravações foram finalizadas em tom um pouco agudo e estridente demais, mas possuem boa melodia e remetem ao som do início da banda.
Outro estilo com o qual o House of Lords costumava flertar era o AOR que pode ser encontrado aqui na bem trabalhada “Enemy Mine”, “Action” e na “nascida para o rádio” “Live Every Day (Like It’s the Last)”.
A balada é a faixa título “Precious Metal”. Romântica ao extremo, o “metal” do título pode enganar os headbangers de plantão. Esses, no entanto, curtirão bastante as pesadas “Turn Back The Tide” e “Battle”, que possuem uma produção mais encorpada que outras faixas.
O hard californiano, com pitadas de sleaze e hair metal, pode ser ouvido em “Raw”, composição que ganhou um clip, e em “You Might Just Save My Life”.
Assim, “Precious Metal” entrega um repertório variado, um pouco desconectado entre si, com qualidades acima da média em se tratando de backing vocals e solos de guitarra.

Por Eduardo Kaneco

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