Resenha: "Nemesis" (2012) – Stratovarius


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A formação do Stratovarius com o guitarrista Matias Kupiainen já comemora 5 anos e está mais que estabilizada. Na formação, a novidade aqui é o novo batera Rolf Pilve, que vem de bandas finlandesas como Solution.45, Miseration e Reversion. Nemesis é a deusa grega que simboliza a vingança divina. Se é para contextualizar com o momento da banda, vem à mente uma possível mensagem para Timo Tolkki.
O décimo-quarto álbum do Stratovarius deixa de lado as longas faixas com várias passagens instrumentais e prioriza composições mais diretas, mais animadas do que costumavam fazer. “Halcyon Days” tem clima tão alto astral que pode até virar melodia de música eletrônica para baladas. As guitarras estão com mais evidência, mas ainda sem se sobressaírem sobre os demais instrumentos. Esse papel de destaque fica com os teclados de Jens Johansson, que agora é, sem dúvida, o instrumentalista de mais talento na banda. Johansson traz arranjos em abundância e ainda sola tanto quanto Kupiainen, fazendo dobradinhas ou alternando solos. Se quiser escolher uma faixa para apreciar os teclados, uma sugestão boa é “Castles In The Air”.
Os vocais estão extremamente melosos e possuem bastante apelo para evocar um sing-along da plateia nos shows. Foi investido bastante nos coros e há um numeroso time de vocais de apoio creditados no disco. Essa qualidade está aqui mais forte que os arranjos sinfônicos tão tradicionais ao grupo finlandês. A voz macia de Timo Kotipelto ganha bastante com esse apoio nos vocais.
Há só uma balada, “If The Story Is Over”, que começa com assobios (como “Winds of Change”, do Scorpions, e “Patience”, do Guns’n Roses), e que tem cara de Stratovarius: é belíssima, muito bem interpretada, mas não dá vontade de sair cantando.
Esse álbum tem potencial para ganhar novos fãs para o Stratovarius, principalmente aqueles que achavam as longas passagens instrumentais tediosas e o clima muito para baixo. Apreciadores do metal melódico, como Avantasia, certamente curtirão muito “Fantasy”, “Nemesis” e “Abandon”.

Por Eduardo Kaneco

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