Resenha: "Motherland" (2013) – Pretty Maids


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Quem não acompanha a carreira do Pretty Maids deve estar se perguntando: essa banda está de volta? Na verdade, esses dinamarqueses sempre estiveram por aí. “Motherland” é o seu 13 álbum de estúdio e segue o elogiado “Pandemonium” (2010).  Mas o questionamento é compreensível. Exceto por “Future World”, lançado em 1987 e que deve fazer parte da coleção de qualquer apreciador de hard’n’heavy, o Pretty Maids nunca atingiu o mainstream. Não por falta de competência, como Ronnie Atkins (vocais),  Ken Hammer (guitarra), Rene Shades (baixo),  Allan Tschicaja (bateria) e Morten Sandager (teclados) comprovam neste novo disco.
Nota-se logo na primeira audição do cd que o Pretty Maids soa mais agressivo, áspero e pesado do que nos já longínquos anos 80. Apesar de ainda ser muito melodiosa, a música deles reflete o amadurecimento atual dos seus integrantes, até nas letras, que abordam temas como política, violência, nacionalismo, etc.
O tom sombrio da maioria das faixas faz de “Motherland” um álbum potente e que não deixa o ouvinte indiferente. Ronnie Atkins, que sempre foi elogiado por alternar vozes suaves com roucas, agora parece cantar como se estivesse esbravejando com o dedo indicador na cara de quem o ouve. O álbum consegue uma dinâmica única ao apresentar composições muito pesadas (a faixa título, “Mother of All Lies”, “Hooligan”, etc) com outras de extrema delicadeza (“Bullet for You” e “Wasted”, além de “Infinity”).
A qualidade da produção (aqui a cargo de Jacob Hansen), sempre foi destaque na discografia do Pretty Maids e aqui faz o equilíbrio entre o som mais pesado e o mais trabalhado.  “Sad to See You Suffer”, por isso, tem apelo comercial e alto nível de qualidade que lembra “I Walk Beside You” do Dream Theater. O capricho está nos detalhes, como na sombria intro “Confession” antes da pesada “The Iceman”.

Por Eduardo Kaneco

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