Morre David Crosby, lenda do folk rock
O rock clássico sofreu mis uma baixa importante neste começo de 2023. Depois do choque da morte de Jeff Beck, agora quem nos deixou foi David Crosby, um dos noes mais importantes do folk rock. Ele tinha 81 anos de idade e a família não informou as causas da morte.
Figura influente do incipiente cenário folk americano, ganhou notoriedade quando integrou o grupo The Byrds a partir de 1965, principalmente com interpretações de canções de Bob Dylan, como “Mr. Tambourine Man”.
Era o principal responsável pelas belas harmonias vocais do grupo e reconhecidamente como um excelente cantor , além de bom compositor.
Com a dissolução dos Byrds engendrou a criação de um trio destinado a fazer história na música mundial. Ao lado de Stephen Stills (ex-Buffalo Springfield) e Graham Nash (ex-The Hollies) formou o Crosby, Stills & Nash na sala da mansão de Peter Tork, então baixista dos Monkees, no final dos anos 60.
Depois que gravaram um ótimo disco de estreia, ganharam a adesão do guitarrista canadense Neil Young, que estava em carreira solo e tinha tocado no Buffalo Springfield. Estava formado o icônico Crosby, Stills, Nash and Young, que faria sucesso imenso depois do festival de Woodstock e do lançamento do disco “Déja Vu”.
A partir dos anos 70, quando todos já eram astros do rock, o quarteto seu reuniu raramente, e Crosby fez parcerias com Stills e Nash, além de gravar bons discos sozinho.
Afável e generoso, era também polêmico e falastrão, a ponto de ter ganhado a ira eterna de Young depois de criticar a namorada deste, a atriz Daryl Hannah.
Entre os maiores sucessos que ele escreveu estão “Lady friend”, “Why” e “Eight miles high”, com os Byrds e “Guinnevere”, “Wooden Ships” e “Almost cut my hair” com Crosby, Stills & Nash.
Seu estilo sempre ficou entre o rock e o folk, e seu violão também tinha influências de jazz. As letras e discursos engajados também eram marcas de David Crosby.
O primeiro disco com Stills e Nash, que levava o nome da banda, chegou ao sexto lugar da lista de vendidos dos EUA, com 4 milhões de cópias. O álbum seguinte, “Déjà vu”, já depois da entrada de Neil Young, vendeu 7 milhões de cópias e alcançou o topo das paradas americanas.