Morre Charlie Watts, o eterno baterista dos Rolling Stones
O baterista carismático Charlie Watts, dos Rolling Stones, morreu nesta terça-feira (24), em Londres, aos 80 anos de idade. Na semana retrasada, a banda anunciou que ele não participaria da turnê americana deste semestre porque deveria se submeter a uma cirurgia, mas sem entrar em detalhes. A causa da morte também não foi informada.
A banda está prestes a começar uma turnê pelos Estados Unidos e anunciou Steve Jordan, que tocou com Keith Richards e B.B. King, como o substituto temporário – o comunicado foi feito bem antes da morte de Watts.
O comunicado até trazia frases bem humoradas dele, só que muita gente desconfiava de que não seria uma cirurgia simples. Mas a roda gira e o show em de continuar e, pela primeira vez em 58 anos, Watts não estaria lá para dar solidez e segurança para o ritmo frenético dos Stones. Mal sabiam todos que a decisão seria definitiva.
Designer gráfico e industrial por formação, era um músico requisitado no circuito de jazz londrino em 1961 e relutou bastante em assumir o posto que era de Mick Avory (futuro baterista dos Kinks) na aquela banda de moleques. Era janeiro de 1963 e o jazz corria em suas veias, mas a animação e a empolgação de Mick Jagger e Brian Jones o contagiaram. E assim o gentleman jamais deixou a banqueta da bateria até a sua morte.