Jerry Lee Lewis, pioneiro do rock, morre aos 87 anos

Jerry Lee Lewis (FOTO: REPRODUÇÃO/YOUTUBE)

O pianista Jerry Lee Lewis era o último dos pioneiros do rock ainda vivos e, certamente o mais polêmico deles. Ele morreu em 28 de outubro aos 87 anos de idade sem que a causa da morte fosse divulgada até o momento.

Lewis virou protagonista do rock em todos os sentidos, dentro e fora dos palcos. Saboreou a fama, rivalizou com Elvis Presley e Little Richard e parecia destinado o maior de todos. Seus excessos com bebidas e seu comportamento excêntrico desviaram o seu caminho ainda muito cedo e acabou se tornando apenas uma paródia de si mesmo nos 60 anos seguintes.

Foi o primeiro grande exemplo de ascensão e queda vertiginosos no rock e no show business, embora tenha encarnado como poucos o estilo de vida do rock – rebeldia, contestação e glória, nem sempre nessa ordem.

Na década de 1950, Jerry Lee Lewis emplacou vários hits, como “Whole Lotta Shakin’ Goin’ On” e “Great Balls of Fire” e responsável por performances incendiárias. Não à toa, o cantor conhecido como “The Killer” formava com Johnny Cash, Elvis Presley e Carl Perkins o chamado Million Dollar Quartet.

Suas esquisitices abreviaram a sua carreira em termos de sucesso. A maior delas foi anunciar o casamento om uma prima de 13 anos, escandalizando os Estados Unidos ainda puritano mesmo nas cidades grandes. A derrocada foi quase que imediata e rapidamente foi posto á margem como um dinossauro decaído no começo de 1961.

A partir de então foi “alçado” ao panteão das lendas históricas, mas sem jamais voltar a frequentar paradas de sucesso ou encher estádios e ginásios.

Assim como Little Richard e Chuck Berry, tornou-se uma relíquia e perdeu relevância, ainda que tenha se mantido ativo por muito tempo.

Esteve no Brasil algumas vezes em passagens polêmicas por conta dos shows curtíssimos – e reclamações sobre a qualidade dos pianos oferecidos.

Esquecido no rock, tentou a country music e a gospel em alguns momentos. Foi o último sobrevivente do Million Dollar Quartet e da chamada “Class of ‘55”, que incluía também Roy Orbison.

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