Documentário mostra que o heavy metal salva vidas
Arte e cultura salvam vidas, vaticina muita gente boa inteligente e estudiosa. Sendo assim porque o heavy metal não pode fazer o mesmo sem que seja alvo de piadas, desprezo e desconfianças?
A partir do momento em que a internet tomou conta de nossas vidas, uma vez por mês surgem “teorias acadêmicas” sobre o quanto faz bem ouvir heavy metal, além de vários outros tipos de músicas. Quase todos dizem que o som pesado salva vidas. Infelizmente, muito poucos têm alguma credibilidade.
No entanto, foi baseado e vários estudos internacionais com sérios, com alta credibilidade, que produtores alemães realizaram um comentário importante, em dois episódios, sobre como o metal ajuda, e muito, o ser humano.
“Heavy Metal Saved My Life” (Heavy Metal Salvou a Minha Vida), da rede de TV alemã ARD, é o nome do filme, que traz relatos sobre pessoas que conseguiram enfrentar vícios, depressão, aceitação, crises familiares e outros, com ajuda da música pesada.
Sob a direção de Andreas Krieger e Mariska Lief, o filme elenca uma série de fatores positivos na vida de uma pessoa que ouve heavy metal e suas inúmeras ramificações. Na verdade, a questão pode perfeitamente ser expandida a toda pessoa que esteja sob influência da música, sobretudo dae música boa.
O primeiro episódio conta com depoimentos de Bruce Dickinson (vocalista do Iron Maiden e entusiasta de estudos acadêmicos e científicos sobre os benefícios da musicoterapia) e de Brann Dailor e Troy Sanders (Mastodon).
O que impressiona, entretanto, são os relatos de pessoas comuns, amantes do metal, de como a música pesada os ajudou, em algum momento, a superar diversos problemas, que vão de alcoolismo, vício em drogas até violência sexual.
Mais do que dar um sentido à vida depois do trauma, o metal ajuda a suportar a realidade e o dia a dia sem que necessariamente se recorra a algum tipo de criminalização dos traumas em questão.
No segundo episódio, os diretores abordaram assuntos do mundo LGBTQIA +. Há depoimentos de Rob Halford (vocalista do Judas Priest) e do tecladista Roddy Bottum, do Faith No More, que falam sobre suas próprias experiências. Os dois são homossexuais assumidos.
Os dois episódios são falados em alemão, sendo que apenas o primeiro (que pode ser visto ao final deste texto), por enquanto, tem legendas em inglês. O segundo pode ser acessado clicando aqui. Os dois episódios mostram ainda cenas de bastidores de algumas bandas, ensaios e trechos de shows.