O retorno do Black Country Communion em “BCCIV”
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Após lançarem três álbuns em três anos, o Black Country Communion encerrou suas atividades em 2013, resultado do desentendimento entre o baixista Glenn Hughes e o guitarrista Joe Bonamassa. Com a reconciliação dos dois no ano passado, o supergrupo formado também por Jason Bonham (bateria) e Derek Sherinian (teclado) voltou a se reunir e lança agora “BCCIV”, o primeiro trabalho desse retorno.
O novo álbum reúne a mistura de talentos que resultou em ótimas músicas nos lançamentos anteriores. O lado mais pesado, evidente na primeira faixa do disco de estreia, intitulada simplesmente de “Black Country”, é reproduzido em “BCCIV” principalmente em “Collide”, composição que recorre novamente à ideia de riff pesado que entra em suspenso para o vocal cantar no vácuo. “The Crow” e “Love Remains” são outras faixas dessa faceta mais pesada da banda.
Mas o Black Country Communion oferece uma paleta mais diversificada. Desde a influência do Deep Purple, onde Glenn Hughes tocou nas suas últimas duas fases clássicas, nítida em “Sway” e “Over My Head”, até o blues soturno em “The Cove”, composição que poderia estar em um trabalho solo de Bonamassa, “BCCIV” é bem variado.
E no meio de todas essas ricas influências que cada músico traz para o Black Country Communion, brotam composições excelentes. As melhores, talvez, sejam “The Last Song For My Resting Place”, uma maravilhosa faixa épica com guitarra acústica, violino e influência celta, cantada por Bonamassa; a deliciosa “Wanderlust”, onde o baixo com muito groove embala linhas vocais muito melódicas; e “Awake”, onde o riff elaborado de Bonamassa parece indicar se tratar de uma música instrumental, mas que traz a inconfundível voz de Glenn Hughes, e ainda um tradicional duelo entre guitarra e teclado.
“BCCIV” justifica a reconciliação de quaisquer diferenças entre seus membros em prol da boa música.